– Embora o título desta notícia seja enganador dado que se o céu estiver coberto de nuvens, a Lua não ficará visível, logo, não basta olhar para o céu porque não se verá o Eclipse da Lua mas apenas as nuvens.
Prepare-se para virar os olhos para o céu a partir das 2h35, se fizer questão de seguir todas as fases do fenómeno. Para o apreciar no momento máximo basta acordar um pouco depois das 5h. Verá uma Lua avermelhada, uma Super Lua aliás

© Matthias Hangst/Getty Expresso
Se a intenção é a de não perder pitada do próximo eclipse lunar – acontece na madrugada da próxima segunda-feira – às 2h35 deve começar a olhar pela janela (ou ir para a rua, no caso dos menos friorentos que tenham essa coragem). É nessa altura que a Lua entra na penumbra da Terra, descreve o site do Observatório Astronómico de Lisboa, instante a partir do qual o satélite da Terra começa a escurecer “progressivamente, adquirindo tons mais acinzentados”. O eclipse é total e atingirá o seu ponto máximo às 5h12. E se adormecer? Resta-lhe esperar pelas fotografias do dia seguinte ou pelo dia 26 de maio de 2021, data em que acontecerá um novo eclipse total da Super Lua.
Daniel Folha, astrónomo do Instituto de Astrofísica e Ciências do Porto, antecipou ao Expresso o que se deve esperar. “Trata-se de um fenómeno demorado, mas com várias fases”, explicou o também director executivo do Planetário do Porto. Na primeira fase falamos do “eclipse penumbral”, sendo que penumbra é o nome dado quando se fala da sombra menos intensa produzida pela Terra (a mais intensa é conhecida por umbra).
Cerca de uma hora mais tarde (existem variações ligeiras quanto aos minutos exactos, em função do local onde quem observa se encontre), “começará o eclipse parcial, fase em que apenas numa parte da Lua começarão a ser visíveis tons mais avermelhados”.
Segundo Daniel Folha, o eclipse total começará às 4h41, “para se prolongar durante uma hora e dois minutos”. Nesta altura, “a Lua costuma apresentar um tom avermelhado, escuro”.
A cor explica-se pelo facto de “a atmosfera da Terra funcionar como um filtro”, diz o astrónomo. O texto do Observatório Astronómico de Lisboa explica-o também, dizendo que “essa luz é avermelhada pois os comprimentos de onda menores (luz azul e verde) são filtrados e espalham-se pela nossa atmosfera”. “Os tons azuis dispersam-se”, conclui Daniel Folha.
Ainda que o máximo do eclipse ocorra às 5h12, ele manter-se-á visível durante cerca de meia hora, para progressivamente começar o movimento inverso. Ou seja, apesar de até às 7h48 ser possível detectar alguma diferença na Lua, quem só acordar ao romper do dia perderá o melhor do espectáculo.
Quanto à regularidade deste fenómeno, Daniel Folha lembra que ela existe, “mas temos de falar em repetições de acordo com ciclos variáveis”. Os eclipses da Lua acontecem necessariamente em fases de Lua cheia, o que não significa estarmos perante eventos todos iguais.
Pelo facto de a órbita lunar ser elíptica, a lua cheia pode ocorrer quando o satélite está mais perto ou mais longe da Terra. É quando está mais próxima (fala-se em perigeu) que se usa a designação Super Lua, embora não exista grande “motivo científico” para o uso do termo, adianta Daniel Folha.
Aliás, esquecendo a questão de ser ou não uma Super Lua, o astrónomo refere que o próximo eclipse total do satélite da Terra, visível em Portugal, acontecerá apenas a 16 de maio de 2022.
Quanto a recomendações que melhorem a observação na madrugada de segunda-feira, nada de especial há a mencionar, adianta o astrónomo. “Usar binóculos ou telescópio será interessante”, mas na prática “basta olhar para o céu”, não sendo sequer determinante que o céu esteja completamente sem nuvens. Quem preferir assistir ao eclipse de forma mais ‘profissional’, poderá rumar a Constância. O Centro de Ciência Viva desta localidade tem prevista uma observação acompanhada.
msn notícias
Mafalda Ganhão
18/01/2019
– Desde que abracei o meu interesse e curiosidade pela astronomia, aliás, facto que já vem de criança mas sem orçamento para possuir um simples telescópio, até porque naquele tempo não existiam os equipamento que hoje estão à nossa disposição, conforme as bolsas e orçamentos pessoais, dizia eu que nunca tive oportunidade de registar um Eclipse lunar ou porque a posição do nosso calhau não entrava na minha zona (minúscula) de observação ou porque existia mau tempo (nuvens, chuva) e este eclipse que só será visível de novo daqui a dois anos (Maio de 2021), altura em que não sei se ainda estarei na Terra ou se o tempo estará também desfavorável como hoje. Apesar de ultimamente terem existido tardes enevoadas e chuvosas, tenho tido a “sorte” de o céu limpar um pouco na hora das últimas sessões fotográficas e seria excelente que acontecesse o mesmo na madrugada de segunda-feira, dia 21, para poder captar esse fenómeno extraordinário. Em última análise e caso não se concretize essa visibilidade, sempre se pode “imaginar” como seria a captação deste eclipse, utilizando algumas ferramentas de edição de imagem e então seria assim:

© F Gomes – Eclypse
Edição artística
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